Como sempre, lá estava eu, em um canto escuro daquela sala. Cheia de gente em que eu não conhecia, mas que eu gostava de chamar de ''amigos da minha melhor amiga''. Grande apelido né? Pois é, nunca fui boa nem com o apelido do Tio Zé.
Olho para os lados pra ver se encontro alguém para conversar, mas de longe só vejo um neném a chorar. Me sinto tão sozinha, olhando pra baixo, ando confundindo o caminho da cozinha, vou até o quintal.
E lá está ele, tão lindo, parecia legal, alto, loiro. Vou dando pequenos passos até ele, meio tímida e de cabeça baixa. Até que ele esbarra em mim, e percebo que nem tudo o que aparenta ser é. Ele foi grosseiro, disse que era para olhar para onde andava, e que era normal porque gente como eu parafuso era o que precisava, gente da minha raça nem casar casava, pois amor nem cachorro quer dar. Me senti o maior lixo do mundo. Sentei e chorei, naquele lugar frio e sem ninguém, com muita raiva fiquei, e vontade de ir embora eu desejei.
Mas, o pior de tudo, é que eu gosto dele.
Texto Fictício por Magda Cristina
(Copiar é plágio, se eu vir a descobrir tal ato criminal, poderei entrar com um processo contra tal sujeito.)
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